domingo, 15 de fevereiro de 2009

Clássico paulista.

Depois de um jogo digno de se mudar de canal, um festival de cartões merecidos ou mal aplicados, uma atuação fraca de ambos os times, a vergonha continua. Apesar de dois belos gols, nada de espetáculo para o futebol.Tirado do globoesporte:



Os torcedores do Corinthians não chegaram a esgotar os 10% de ingressos que foram destinados a eles para o clássico contra o São Paulo, mas alguns daqueles que estiveram no estádio do Morumbi neste domingo se envolveram em confusão no momento de sair. Segundo relato de torcedores, a Polícia Militar atirou bombas de efeito moral após correria por conta da chuva. De volta para parte de dentro, o tumulto terminou com 21 feridos, sendo 20 com trauma. Os dois mais graves tiveram fratura exposta. Além disso, parte do patrimônio tricolor quebrada. A Polícia confirma as bombas, mas explica que o caos começou após uma outra bomba ter sido atirada no Portão 15, por alguém que não foi identificado. Um torcedor que não quis dizer seu nome afirmou ainda que a confusão começou porque membros da principal organizada do Timão provocaram os policiais e atiraram objetos neles.



A Polícia explicou o ocorrido em entrevista do Tenente-coronel Hervando Luiz Velozo, comandante do Segundo Batalhão de Choque. Ele disse que a confusão começou por causa de uma bomba atirada do Portão 15. A torcida do Corinthians, que era escoltada para fora do estádio, achou que a bomba havia partido da Polícia, e foi para cima dos policiais, gritando ameaças de morte. Só então que os policiais lançaram duas bombas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo.

- Quando liberamos a torcida do Corinthians, uma bomba foi atirada de um estacionamento anexo ao portão 15. Metade da torcida voltou para o estádio e o restante foi para cima de nossa patrulha, gritando "agora vamos matar vocês", pois achavam que nós tínhamos lançado a bomba inicial. O Tenente Gaudino se sentiu acuado e mandou que jogassem três bombas, duas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo - resumiu Velozo, que divulgou o registro de dois policiais feridos.

No setor vip, onde ficaram os corintianos que pagaram R$ 90 pelo bilhete, três cadeiras foram quebradas, uma delas atirada no gramado. O vidro que separava essa área da arquibancada onde ficaram os alvinegros que tinham entradas de R$ 40 também foi quebrado. Marco Aurélio Cunha lamentou o ocorrido à Jovem Pan. - Tive conhecimento à distância disso, que só mostra que estamos certos em restringir o número de visitantes no estádio, para podermos preservar o patrimônio que lutamos tanto para construir. Diante desse fato, acho que devemos diminuir esses 10% ou até mesmo que não venha visitante. É um pena, é contra o futebol, mas o comportamento pede isso – falou o superintendente de futebol do Tricolor.

Os feridos começaram a ser tratados no ambulatório do Morumbi, e constantemente chegavam ambulâncias com mais torcedores. Os funcionários do local cuidaram de cerca de 20 pessoas. Nenhum dos torcedores corria risco de morte, e a maioria dos casos era de fratura. Posteriormente, os que precisavam de mais cuidados foram encaminhados para três hospitais da região: São Luiz, Albert Einstein e Campo Limpo.

O são-paulino Marco Aurélio Cunha foi ao ambulatório prestar solidariedade às vítimas, mas um grupo de seis corintianos não gostou nada da presença do dirigente lá e partiram para cima, o culpando pela confusão e o chamando de hipócrita. Protegido por seguranças, Cunha deixou o estádio.

Paulo Castilho, procurador do Ministério Público, esteve no Morumbi neste domingo e falou sobre o caso. Ele já tem um projeto de redução da torcida visitante e pretender levar isso adiante por questões de segurança.

- Quanto mais você reduz a torcida visitante, mais você reduz os problemas. É muito mais fácil trabalhar com menos gente – falou o procurador, que deseja ver a torcida visitante com apenas 5% da cota total de ingressos nas partidas.


Carolina Elustondo e Leandro Canônico, São Paulo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pro banco, gaúcho!

Apesar de ter vaga garantida - vai saber por que/quem/quanto - na seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho vem comendo banco no Milan. Isso, principalmente, graças à presença de Beckham no elenco, vindo como empréstimo do L.A. Galaxy, E.U.A.

O fato é que o inglês se encaixa muito melhor no esquema tático do time que o velho conhecido gaúcho, em ótima harmonia com Kaká, o líder da equipe rubro-negra. Com estilos de jogo diferentes, os dois tem apoiado e chegado ao ataque com critatividade e variedade.

Quando optava por Ronaldinho, Ancelotti perdia um grande espaço produtivo em campo. O brasileiro não se movimenta, e por isso também, não funciona nem no apoio nem em ataques. Estático do lado esquerdo, ele impede a movimentação dos outros jogadores por esse lado e não ajuda Kaká na distribuição.

Em resumo, o british popstar é sem dúvida a melhor opção de Ancelotti, no momento. E como, aparentemente, em clubes é mais fácil que numa seleção comandada por um técnico inexperiente, mandar as estrelas para o banco, lá se faz o que deve ser feito.

O Galaxy já anunciou admitir a negociação de Beckham, que por enquanto está garantido no time italiano só até o dia 9 de março. Para isso, inicialmente o Milan ofereceu a quantia de 10 milhões de euros pelo jogador. Com certeza, os rubro-negros vão se empenhar nessa negociação, que tem prazo para terminar nesta sexta-feira.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mudança para os blues.


A demissão de Luiz Felipe Scolari na última segunda-feira (9) certamente não era esperada pela maioria. Apesar de alguns resultados ruins, principalmente em se tratando dos clássicos disputados sob o comando do brasileiro, o time inglês foi considerado precipitado por muitos. Para os próprios jogadores foi uma surpresa.

- Fiquei chocado quando soube da sua demissão e nem queria acreditar. A razão porque vim para o Chelsea foi um pedido de Scolari. Ele me explicou o projeto ambicioso que tinha aqui e foi por isso que decidi assinar, rejeitando muitas ofertas de outros clubes. Scolari é um bom treinador e deveria ter mais tempo para 'endireitar' o seu projeto. - Deco, em entrevista ao jornal Daily Telegraph.

Não se pode garantir que Felipão daria a volta por cima. O campeonato inglês é um dos mais ricos e disputados do mundo, nele não há tempo a ser desperdiçado. Depois de 12 empates e 5 derrotas - 4 dessas em clássicos - que parecem ter ofuscado as 24 vitórias, os responsáveis resolveram que não havia o que esperar.

Nada de resultado a longo prazo por lá agora. Mas não estão de todo errados. Aqui no Brasil é comum vermos times serem rebaixados ou perderem vagas importantes por esperarem tempo demais para mudar. Na seleção, por exemplo, acho que já não há mais tempo suficiente para a mudança que deveria ter acontecido há meses. Apoio o fato de um time buscar seus resultados extinguindo (essa coisa de abolir o trema ainda é difícil para mim) aquilo que considera carência. Antes isso que correr capenga até o fim.

No entanto, acho que Big Phil merecia mais espaço no Chelsea, merecia esse voto de confiança. Apesar de ter um elenco bom, o time vem desarrumado. Desde a saída de Mourinho não se encontra. Além disso, Felipão é especialista em mata-mata, o que seria muito útil em breve. Mas está feito. Torçamos agora para que encontre um cargo a altura de sua competência.


Mas os blues não saíram perdendo de modo algum. O Chelsea anunciou hoje o técnico contratado: ninguém menos que Guss Hiddink. Guss é um técnico top. Apesar de acumular o cargo com o de técnico da seleção russa, tem tudo para fazer um bom trabalho. Deve trazer estabilidade e um esquema diferenciado para o time. Acho o Guss realmente uma excelente escolha, não nego. E torço para que ele permaneça após o fim da temporada.



Assim, para recomeçar esse blog, inicio mais uma vez com o Big Phil. Bem-vindo, Rafa.
fontes: blog do birner, esporte interativo, lancenet!